Eu hoje me vou pra fronteira / Pois queira ou não queira vou ver meu amor / Esperei toda a semana / Pra ver a castelhana minha linda flor
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Tem bate coxa lá no compadre Totonho / nego véio, medonho, bolicheiro do povoado / fez um puxado lá no fundo do terreiro / ali formava os entreveros e os bochinchos aporreados.
Nasci ginete numa estância da fronteira / Vida campeira prá quem vive o interior / Cresci brincando de quebrar queixo de potro / Sempre há mais outro prás garras do domador
Quando eu saio a cavalo / Montado no meu baio / Cortando as coxilhas / Eu não acho atrapalho
Que saudade, do meus tempos de piá / Da minha terra, de tudo que eu deixei lá / Int / Meu cachorro, velho cusco tão amigo
Abre o fole Tio Bilia da tua gaúcha emoção / Esbanja imensa poesia da gaita do coração / Nossa gente necessita do som que a gaitinha faz / Quem é gaúcho se agita te ouvindo sempre quer mais
Patrão velho, muito obrigado, por este céu azul / Por esta terra tão linda, pelo Rio Grande do Sul / Por ter me feito gaúcho, que veio deste lugar / E a lua cheia surgindo, fazendo guascas sonhar
Em xucras bailantas de fundo de campo / O fole e tranco vão acolherados / O índio bombeia pro taco da bota / E o destino galopa num sonho aporreado
A primeira vez que eu vi você, meu grande amor / Não quis acreditar e mesmo assim aconteceu / A primeira vez que eu vi você / O vento pela rua assoviava um chamamé
O bugio que vai nos bailes seu moço sempre arruma companheiro / Pra tomar uns trago de canha seu moço pra desenterrá o terneiro / Depois de fazer o serviço seu moço dá umas vorta no salão / Pra mostrar seu terno novo pras moças de riscado e algodão