No vidrado subtil / Do azul do azulejo / Eu me tinjo em teu anil / Eu te vejo e te desejo
Baixar Mais Tocadas: ouvir Marco Rodrigues
Coimbra é uma lição / De sonho e tradição / O lente é uma canção / E a lua a faculdade
Quanto mais quero esquecê-la, vejam lá / Tanto mais me lembro dela, por meu mal / Eu não sei viver sem ela, passo lá, rente à janela / Sem ver dela nem sinal
Não sei se me dás o prazer desta dança / Não sei se me sinto mais velho ou criança / Não tenho par mas nos teus olhos / Percebo um convite para eu avançar
Estou tão triste aqui sozinho à espera dela / Com o meu jeito meio sem, jeito não liguei / Mas depressa me senti perdido à chuva / Porque nem tentei
Não queiras gostar de mim, sem que eu te peça / Nem me dês nada que ao fim, eu não mereça / Vê se me deitas depois culpas no rosto / Isto é sincero, porque não quero dar-te um desgosto
Sou da noite um filho noite / Trago rugas nos meus dedos / De contarem os segredos / Nas altas fontes do amor
Quando ela passa, franzina / E cheia de graça / Há sempre um ar de chalaça / No seu olhar feiticeiro
Que negra sina, ver-me assim / Que sorte vil e degradante / Ai que saudade eu sinto em mim / Do meu viver de estudante
O tempo não espera pela gente / Mas eu espero por ti / O tempo quer ser indiferente / Só eu te quero aqui