No ranchito já me espera a companheira / Com um amargo bem cevado só pra mim / E na estrada quando ela vê a poeira / Fica feliz porque meu dia chega ao fim
Baixar Mais Tocadas: César Oliveira e Rogério Melo clipes
A manga calma se transforma em aguaceiro / O chuvisqueiro desentoca um campo mar / Que se tolda em cima dum baio-oveiro / Com meu sombreiro que tombeia ao desaguar
Floreio o bico da gansa nesta Gateada Lobuna / A melhor das minhas alunas na doma tradicional / Por favor, não leve a mal este meu jeito fronteiro / Filho de pai brasileiro, hijo de madre oriental
Uma gaita de botão um candeeiro enfumaçado / Um bailezito ajeitado num ranchito de torrão / Onde a própria evolução se apeia de madrugada / Matando a sede na aguada da mais pura tradição
Quem é de Lavras se lembra do meu galgo Peñarol / Baio, brasino, bragado, olhos gateados de sol / Quando meu galgo arrancava com o lombo que era um anzol / Bicho que fizesse rastro saía do campo vasto
Agora vai! / Semo bem loco, loco de bueno / Mas temo veneno na folha da faca / Quando o sangue ferve viremo a cabeça
Trago esse xote / Que é pra entregar de regalo / Pra quem gosta de cavalo / De gineteada e bailão
De vereda me acomodo, se dum baile sinto cheiro / Sacudo o pó da mangueira, lá no açude do potreiro / Encharco de amor gaúcho a estampa de um peão campeiro / Porque sei que na minha terra dá pra confiar nos gaiteiros
Parou o Pampeano / Esbarrou um picaço / Estendeu-se o laço / Da ilhapa a presilha
Se Deus me abençoa / Chego de a cavalo levantando poeira / Eu sou da fronteira / E tenho a alma inteira neste chamamé