Vou lhes contar de um bochincho / No velho Rincão Comprido / Não é a Bailanta o Tibúrcio / Mas é um fato assucedido’
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Tem bate coxa lá no compadre Totonho / nego véio, medonho, bolicheiro do povoado / fez um puxado lá no fundo do terreiro / ali formava os entreveros e os bochinchos aporreados.
(Maria, florão de negra / Pacácio o negro na flor / Se negacearam por meses / Para uma noite de amor)
Nasci ginete numa estância da fronteira / Vida campeira prá quem vive o interior / Cresci brincando de quebrar queixo de potro / Sempre há mais outro prás garras do domador
A alma de um gaúcho se faz vida / Quando plantada na terra / Anjos pilchados clamam por justiça / Mesmo que seja num brado funeral
Pelo grito se conhece, vem lá longe o tropeiro / Já se ouve a boiada e as batidas do cincerro / A tropa vem se espalhando, vem seguindo o madrinheiro / E lá no coice da tropa, sempre alegre altaneiro
Chinoquinha vem pra sala, vem ver como é bom dançar / Te ensino a dançar bugio e tu me ensina a namorar / O balanço do bugio, dois passos pra cada lado / E tu me ensina o jeitinho de eu ser teu namorado
Quando eu partir não quero grito e nem choro / Por que eu não quero que a tristeza vá comigo / Peguem minha gaita que pra mim vale um tesouro / E vão tocando até meu derradeiro abrigo
Companheirada, não repare no meu jeito / E na cara de satisfeito que eu estou mostrando agora / Por muito tempo, comi feijão com farinha / E, até que enfim, a miudinha, do meu rancho foi, embora
Num cerrito descarnado / Peral de pedra e de tuna / Clareado de blanca luna / A moldura rendondada